São Paulo proíbe Foie Gras em restaurantes
São Paulo se tornou o destino mais recente para considerar o foie gras antiético, na semana passada, aprovando uma nova lei que proíbe sua venda e produção - e renovando o debate mundial sobre o controverso fígado de pato e ganso.
Enquanto Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e Argentina proibiram a produção da iguaria francesa, as autoridades da cidade de São Paulo deram um passo adiante, proibindo sua venda e, efetivamente, seu consumo.
E, de acordo com a história, a decisão está sendo declarada uma vitória para ativistas dos direitos dos animais e uma violação dos direitos democráticos pelos chefs.
O renomado chef paulista Alex Atala da D.O.M. foi sincero sobre a iniciativa, chamando a mudança de absurda.
“Como uma cidade pode regular o que uma pessoa come? Onde isso tudo irá acabar?" ele disse em entrevista ao site de notícias UOL. "A gastronomia é boa para o turismo e, em vez de restringi-lo, eles devem promovê-lo."
É um sentimento semelhante ecoado quando os legisladores da Califórnia implementaram uma proibição em todo o estado da iguaria em 2012, apenas para vê-la derrubada no início deste ano.
Quando a lei entrou em vigor, chefes de renome como Thomas Keller, Tyler Florence e Ludo Lefebvre consideraram a decisão equivocada e apontaram que uma proibição criaria um mercado negro ilegal para a iguaria.
Em vez disso, propuseram a aplicação de nova legislação para o tratamento humano da produção de foie gras. A lei foi anulada no início de janeiro.
O foie gras é produzido pela alimentação forçada de patos e gansos para engordar seus fígados. Os restaurantes têm 45 dias para retirar o item de luxo de seus menus.